quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mente Inquieta - A Estreia

Sou uma pessoa com a mente totalmente inquieta.
Faço mil coisas ao mesmo tempo, consigo prestar atenção em diversas pessoas conversando simultaneamente e minha cabeça não pára.
Posso estar no meio de uma missa e meus pensamentos estarem bem longe dali, imaginando qual vai ser o tema da festa de um ano do meu filho que nem existe (ainda). Ou posso até mesmo estar reparando num casal e criando na minha cabeça uma história para eles: há quanto tempo estão juntos, o que gostam de fazer, qual são os motivos de suas brigas. Assim, me perco em meus pensamentos e não consigo realizar o objetivo central que meu levou até a igreja: rezar.
Ás vezes estou conversando com alguém e escuto um assunto muito mais interessante na roda de amigos ao lado. Tento me segurar para não palpitar na outra roda e fazer o papel da pessoa mais mal-educada do mundo. Algumas vezes eu consigo me segurar, outras não, é mais forte que eu... 
E assim vou vivendo, nessa confusão de pensamentos, ideias malucas, outras nem tanto. E sabe o que é o pior? Quando falo com algum conhecido a pessoa até duvida: “Você, com essa sua cara de tranqüilidade e paz? Não é possível!”
Fato é que eu ando tentando acalmar a minha mente de todas as formas: estou fazendo yoga há um tempo, começando uma massagem Ayurveda e fazendo o possível para me concentrar em menos coisas de cada vez, porque apenas uma por enquanto é impossível. 
Nas minhas andanças de carro (trabalho bem longe da minha casa), além de fazer a sobrancelha, maquiar, comer comida japonesa, ler livros, abrir o notebook e organizar fotos, assistir seriados no meu notebook e rezar (UFA!) ainda encontro um tempinho para ficar viajando (no sentido figurado da palavra). Fico criando textos na minha cabeça que nunca são escritos, afinal não desenvolvi uma técnica para dirigir e escrever ao mesmo tempo (ainda).
Hoje cheguei do almoço com um texto pronto e resolvi colocá-lo no papel, ou melhor, na tela do computador. E gostei do resultado!
Tinha esquecido o quanto é divertido escrever e vou tentar praticar mais. Estou vivendo essa fase de me descobrir, saber o que eu gosto realmente de fazer e não só que eu devo e tenho que fazer. 
Abro aqui um parênteses (ou melhor, aspas) para colocar um trecho do livro “Comer, rezar e amar”, da Elisabeth Gilbert, que muito me agradou: “Mas porque tudo sempre tem que ter uma aplicação prática? Eu passara tantos anos sendo um soldadinho bem-comportado, trabalhando, produzindo, sem nunca perder um prazo, zelando por pessoas queridas, pelas minhas gengivas e por meu nome na praça, votando, etc. Será que esta nossa vida tem de ser apenas dever? “.
Não estou almejando me tornar uma escritora, mas percebi que escrever é uma ótima forma de colocar pra fora esse monte de pensamentos que ficam girando na minha cabeça, acredito que escrever é quase como uma terapia que nunca arrumei um tempo para fazer.
Não tenho a menor ideia de quem vai ler esse blog e decidi, pelo menos por enquanto, permanecer anônima. Podem me chamar de covarde, medrosa ou o que quiserem, mas faço isso com a intenção de proteger as pessoas que aparecerão nas minhas histórias. E claro, me proteger também, porque a maior parte dos assuntos se refere a mim mesma, e não estou preparada para me expor (Confesso!).
Então vamos começar essa aventura, que não tenho a menor ideia de onde vai parar... 

Um comentário:

  1. Oi Mente!

    Bem-vinda à blogosfera! E ó, é assim mesmo: escrever alivia a alma!!! E no começo somos todos anônimos mesmo. É prudência, não covardia.

    Boa sorte!

    beijos

    deb

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